sexta-feira, 24 de setembro de 2010

A CHEGADA EM RONDÔNIA - Larissa Braga e Rafaela Teodoro

A CHEGADA EM RONDÔNIA


Cheguei a Rondônia no ano de 1980. Antes da minha chegada aqui, morava em uma pequena cidade chamada Guaíra, no estado do Paraná, lá era bom, mas não tínhamos terras, então resolvemos vir para Rondônia, com dois objetivos: reencontrar meus pais e ir atrás de terras para trabalhar.
Vim com meu marido e meus seis filhos. Mas quando chegamos aqui não era nada daquilo do que pensávamos, não encontramos terras para comprar e começamos a trabalhar em pequenos negócios para nos mantermos, e ainda não tínhamos água encanada e nem energia elétrica, foi muito difícil passar por tantas dificuldades.
Resolvi ingressar no governo estadual, fiz concurso para zeladora, e com muitas dificuldades consegui ser aprovada. Então, comecei a trabalhar na Escola Heitor Villa Lobos, como zeladora. Era bom trabalhar lá com as minhas amigas, pois o ciclo de amizade era muito grande e havia muita união entre nós.
Algum tempo depois resolvi fazer um concurso de agente de portaria, fui aprovada novamente e comecei a trabalhar na escola Pingo de Gente no ano de 1997, fique trabalhando nesta escola até 2000, lá também era um bom local para se trabalhar, cuidava da entrada da escola, o portão, e de pequenos alunos. Mas um dia tive que sair, pois a escola municipalizou, ou seja, era do estado e passou para o município.
Saí, então da Escola Pingo de Gente e passei a trabalhar na Escola Anísio Teixeira em 2001 e aqui estou até hoje e não trabalho mais na portaria, hoje cuido da biblioteca da escola. Porém chega um dia que o ser humano chega ao seu limite de trabalho, esse é o meu caso, faltam nove meses para me aposentar e estou fazendo o máximo para aproveitar esse pouco tempo que me resta aqui na escola, por isso fiquei muito feliz em contar um pouco da minha história para as alunas.
Finalizando eu desejo sucesso a estas lindas alunas e que Deus as abençoe.
Essa história foi contada por Claunice Sousa Moraes.


(Larissa Braga e Rafaela Teodoro)
Profa.ROBERTA

MINHA VIDA - Jaqueline Martins da Silva e Gleizyanne Andrade

MINHA VIDA


Eu sou professora de Língua Portuguesa e Inglesa na escola Anísio Teixeira. Dou aula há dez anos, mas em profissão eu dou aula desde 1987. Eu nasci no Paraná, na cidade de Itambé, vim para Rondônia porque meus pais não tinham mais condições de continuar vivendo naquela cidade. Meu pai vendeu todas as suas coisas, e como Rondônia era um estado novo que estava atraindo muitas pessoas viemos morar aqui.
Ao chegar, fui a Semec e fiz várias provas, porém as mais difíceis foi a de Geografia e História de Rondônia. No entanto, para ser possível começar meus cursos meu tio teve que me emprestar dinheiro para pagar todas as taxas necessárias.
Quando terminei meus cursos, dei aula nas escolas da linha LC 95 e na BR421. Enfrentei muitas dificuldades, como a poeira, pois não havia asfalto. Também a falta de energia elétrica e a falta de funcionários. Eu era a única funcionária da escola e tinha que cozinhar e dar aulas para todas as séries de 1ª a 4ª ao mesmo tempo, pois as turmas eram multi seriadas. Várias crianças ficaram sem estudar, pois os pais não acreditavam que eu iria dar conta de todo trabalho, por isso não os matricularam.
Como as duas escolas estavam inativas há algum tempo tive que organizar um mutirão para limpar, arrumar e consertar a escola com a ajuda dos pais dos alunos. Nesse mutirão peguei um parasita chamado micuim, sofri muito porque não sabia o que era aquilo e nem como tratá-lo, até que uma das mães dos alunos me indicou óleo de comida. Entre outras dificuldades que passei como ficar longe da família e a malária.
Mas venci todas as dificuldades e consegui cumprir meu objetivo e trabalhei lá por dois anos.
Hoje estou feliz com meu trabalho e me sinto realizada. Essa história foi vivida por Ivonete de Ângelo Canabrava.

(Jaqueline Martins da Silva e Gleizyanne Andrade)

prof.ROBERTA

A HISTÓRIA DE LINDA VERA - Luana Nestal do Couto e Thalia dos Santos Couto

A HISTÓRIA DE LINDA VERA


Há muito tempo saí da minha cidade no estado da Bahia com minha família, eu tinha vinte anos e já tinha dois filhos. Viemos à procura de uma vida melhor, pois lá onde nós morávamos estava muito ruim, difícil de viver.
Foi uma viagem muito difícil, viemos em cima de um caminhão coberto por lona e durante o dia fazia esquentava e a noite fazia frio. Gastamos nove dias da Bahia a Ariquemes. Chegamos então na fazenda Rio Branco, onde ficamos trabalhando por oito meses para pagar as despesas da viagem. Quando pagamos tudo saímos, pois era um trabalho quase escravo, e estávamos quase sempre com malária. Trabalhamos e moramos lá por um ano e meio e depois nos mudamos para a cidade de Ariquemes.
Tive alguns outros empregos até que entrei para ser funcionária pública, comecei trabalhando na Escola Municipal Mário Quintana até passar a ser funcionária estadual.
Não tinha estudos, mas estudei e concluí o primeiro grau na Escola Heitor Villa Lobos. Fiquei parada por alguns anos e depois conclui o ensino Médio e fiz vestibular para Pedagogia.
Em 2007 eu ia para meu trabalho de bicicleta, então um dia derrapei e quebrei o pé, passei um mês com uma bota de gesso. Então vim trabalhar aqui na Escola Anísio Teixeira à tarde como chefe de disciplina. Em 2009 passei para o turno da noite, trabalhando com o pessoal do seriado e foi muito bom todas essas experiências. Foi trabalhando à noite que conheci o homem que hoje é meu marido.
Este ano estou trabalhando no turno matutino e também está sendo uma ótima experiência, não tenho tanta preocupação como se estivesse em sala de aula. Gosto do meu trabalho, as diretoras são muito legais.
Hoje meus filhos estão criados uns até já casaram e me deram netos, três para ser exato.
Essa é a história de Linda Vera Souza Ferro.


(Luana Nestal do Couto e Thalia dos Santos Couto)

Profa.ROBERTA

A NOVA CIDADE - Wesley Palmiro de Souza e Ícaro Aguiar Oliveira

A NOVA CIDADE


Em 1985 saímos de Paraná para tentar uma vida melhor em Rondônia. Estávamos em sete pessoas, eu, meu marido e cinco filhos.
Naquela época não podia dizer que a cidade era um bom lugar para se morar. Percebemos que aqui iríamos sofrer muito e só não voltamos porque o dinheiro era pouco. Sofremos muitas malárias, quando um voltava do hospital o outro já estava passando mal e voltávamos para poder tratá-lo, e assim fomos levando a vida trabalhando honestamente.
Meu marido em certa ocasião quase morreu intoxicado com veneno para matar pragas, mas graças a Deus que um tempo depois do acontecido ele se recuperou e voltou ao trabalho.
Naquela época as casas não eram como as de hoje em dia, eram feitas das chamadas “lascas de pau” e por isso tinham muitas brechas e goteiras. Quando chovia era um desespero e chovia sempre, não era como hoje que ficam dias e dias sem chover.
Um certo dia, uma cobra se espremeu entre as brechas e por um grande azar ela caiu bem no meio da cama onde eu e meu marido dormíamos, e deu uma picada bem no joelho do meu marido. Na mesma hora tivemos que correr para o hospital, não bastasse a malária, tínhamos que enfrentar dificuldades de todos os tipos, mas saímos bem dessa também.
Foi muito sofrimento também para meus filhos, pois desde pequenininhos nos ajudavam em tudo que podiam, carpiam, roçavam, plantavam enfim trabalhavam como gente grande.
Depois deles crescidos resolvemos mudar para a cidade, para que eles pudessem estudar e ter uma profissão. Agora, estão todos adultos trabalhando e ganhando seu próprio dinheiro e juntos estamos hoje muito felizes.
Esta história foi vivida por minha avó que saiu de uma cidade para ter uma vida melhor em Ariquemes.

(Wesley Palmiro de Souza e Ícaro Aguiar Oliveira)

Profa.ROBERTA

QUANDO EU CHEGUEI A ARIQUEMES - Eugênia Maria do Nascimento e Isabele Fernandes Arce

QUANDO EU CHEGUEI A ARIQUEMES


Eu moro aqui em Ariquemes a mais de trinta anos, na época que cheguei aqui não existiam setores, era só mato, aldeias indígenas e alguns sítios.
Ao chegar nessa cidade fui morar primeiro em um sítio com minha família, pois não tinha cidade ainda, com passar do tempo fundaram uma vila chamada Vila Velha, eram poucas casas, tudo muito humilde.
Não existiam prefeitos, nem vereadores, mas o tempo passou e a cidade foi crescendo e se desenvolvendo e com a ajuda do governador Teixeirão foi sendo construído hospital e outras melhorias na cidade, pois até então não havia médicos, as grávidas recebiam a ajuda de uma parteira para terem seus filhos e ela também que ajudava os doentes.
O tempo foi passando e as coisas melhorando, saiu um setor chamado Marechal Rondon, o primeiro hospital o São Francisco e assim começaram a surgir postos de saúde com médicos que vinham de outras cidades para atender em Ariquemes. A cidade sempre crescendo, surgindo novos setores, novas lojas, mercados, oficinas, etc. Também passamos a ter energia elétrica, mas a energia elétrica que a cidade dispunha era insuficiente para abastecer a cidade toda, então tínhamos energia por algumas horas do dia.
Muitas pessoas de outras cidades, de diversos estados do Brasil vieram para Ariquemes, buscar uma nova vida. Muitos conseguiram outros perderam suas vidas para a malaria e outras doenças comum na época.
Essa história foi vivida por Luzia Dias de Oliveira.
(Eugênia Maria do Nascimento e Isabele Fernandes Arce)

Profa .ROBERTA

O VULTO - Jéssica Alves

O VULTO


Quando mudei para Ariquemes não havia energia elétrica. Uma certa noite, na época da quaresma, eu estava saindo de casa por volta das 22:00 horas, a maior escuridão, sozinha para ir buscar minha filha que estava na casa da vizinha.
Eu ia caminhando para o portão naquela escuridão, apavorada, quando de repente vejo um vulto branco vindo em minha direção. Nesse exato momento minhas pernas começaram a tremer, gritei tão alto, ou achei que havia gritado, pois o medo era tanto que a voz nem saiu. E o vulto continuava vir em minha direção, caminhando lentamente, bem lentamente.
Quando chegou mais perto pude ver que era a babá de minha filha que vinha ver porque eu estava demorando tanto para ir buscá-la.
O susto foi tão grande que a babá não ouviu o meu grito, senão ela também teria se assustado e provavelmente sairíamos correndo uma para cada lado.
Essa história aconteceu com a professora Shirley, professora de Língua Portuguesa da escola Anísio Teixeira.

(Jéssica Alves)

Profa.ROBERTA

UMA BELA VITÓRIA - Igor da Silva e Douglas Farias

UMA BELA VITÓRIA


Eu era noiva, morava em Mato Grosso do Sul com meus pais. Mas o meu futuro marido tinha planos de se mudar para Rondônia. Foi quando resolvemos nos casar meio que às pressas porque eu queria ficar perto dos meus pais por pelo menos três meses para ir me acostumando a ficar sem eles. Após os três meses, eu, meu marido, meus sogros, meu irmão, esposa e filho e dois irmãos do meu marido, sendo um ainda pequeno e o outro já com esposa e filho, viemos para Rondônia. Antes de virmos, meu irmão, meu marido e o irmão dele, compraram um caminhão cada, na promessa de chegarem aqui e trabalharem para poderem pagar aos poucos. Meu sogro já tinha uma F-4000.
A viagem foi muito longa e cansativa, na época ainda não havia asfalto. Nosso dinheiro era pouco, só dava para pagar o óleo diesel e comprar comida para as crianças. Para a nossa sorte, um primo do meu marido nos deu um carneiro para nos alimentarmos durante a viagem.
Apesar de toda a dificuldade, a viagem foi boa. Demoramos seis dias para chegar a uma pequena cidade chamada Ariquemes. Aqui era muito diferente do que é hoje, a maioria das casas eram de madeira, não eram muradas. As ruas não tinham asfalto, era muita poeira.
A casa que iríamos morar era como um salão, não tinha divisão e não foi nada fácil porque estávamos em quatro grupos de família e tivemos que improvisar. Dividimos os cômodos com guarda-roupas e armários. O restante da mudança ficou em cima dos caminhões. Nós só tínhamos uma certeza: que deveríamos trabalhar para cada um ter a sua própria casa. Foi então que iniciamos nosso próprio negócio.
Pegamos a F-4000 e compramos muitas frutas e verduras e nós, mulheres, fomos vendê-las com alto falante nas ruas. Os homens também tiveram que se virar. Encomendaram carrocerias de tora para os caminhões, montaram uma sociedade e começaram a trabalhar de toreiro. No início, eles encontraram muitas dificuldades, pois não entendiam absolutamente nada dessa profissão. Iam para a floresta, ficavam a semana inteira e voltavam tristes, sem nada, com os caminhões vazios e com os pés todos inchados com picadas de insetos e enquanto isso, as mulheres trabalhavam com as vendas e assim podíamos comprar o nosso alimento.
Com o passar do tempo, os homens foram aprendendo a nova profissão que estavam exercendo e começaram a obter lucros. Compramos três sítios e algumas cabeças de gado, cada um comprou sua própria casa.
Tive minha primeira filha, e ela é especial. Quando ela fez dois anos, fui pra São Paulo juntamente com meu marido e ela. Lá ficamos cinco meses para que ela fizesse todos os exames necessários para obter um diagnóstico. Mas o médico nos disse que o caso dela não tinha remédio. Depois disso, a sociedade entre meu marido, meu cunhado e meu irmão foi desfeita. Cada um foi viver sua própria vida, as mulheres já não mais trabalhavam com as vendas. Para mim e meu marido foi um novo recomeço. Vendemos uma parte do gado, compramos equipamentos de trabalho e contratamos alguns funcionários e ele continuou exercendo sua profissão de extrator de madeira. Eu comecei a fazer pinturas em tecido, jogos de cozinha, cortinas, colchas e com isso ganhei muito dinheiro, mobiliei minha casa. Lembro-me que na época a energia faltava muito por que era movida à lenha. Com o meu trabalho, comprei um motor para gerar energia para assim facilitar a nossa vida. O tempo foi passando e tive minha segunda filha. Precisei abandonar meu trabalho para poder cuidar da nova integrante da família.
Enquanto isso meu marido continuava trabalhando e os negócios evoluíam bastante. Assim, compramos mais caminhões e tivemos que contratar mais funcionários. Com minha segunda filha já crescidinha, comecei a ajudá-lo nos negócios. Montamos duas empresas, uma de extração e uma madeireira. Hoje meu marido e eu trabalhamos na parte administrativa financeira das empresas.
E tenho muito orgulho de dizer que essa é uma história que deu certo. Família Mendes e Araujo.
De 1983 aos dias atuais...
(Igor da Silva e Douglas Farias)


Profa.:ROBERTA

MINHA VIDA EM RONDÔNIA - Juli Endres Dias Ronconi e Laurinês Dias Brustolon

MINHA VIDA EM RONDÔNIA


Eu vim de Curitiba para Jaru em 1982, quando cheguei a Rondônia tudo ainda era muito pequeno, me senti um pouco insegura quanto ao meu destino aqui em Rondônia. Como disse antes, tudo era pequeno, tinham pequenos comércios, pequenas lojas, pequenas casas, pequenas escolas e tudo mais.
Eu fiz um concurso do Estado e passei, comecei a trabalhar como auxiliar de serviços gerais fiquei muito feliz porque assim eu estava garantindo o meu futuro.
Em 1990 fui para Machadinho do Oeste para trabalhar, fiquei por lá uns cinco anos. Em 1995 vim para Ariquemes e comecei a trabalhar como auxiliar de dentista para ganhar algum dinheiro. Depois de alguns anos comecei a trabalhar como zeladora, merendeira e muito mais na Escola Anísio Teixeira.
Quando comecei a trabalhar como professora a minha situação financeira já havia melhorado, assim comecei a construir minha vida do jeito que eu queria. Comecei a trabalhar depois como secretária, e estou até hoje trabalhando como secretária da Escola Anísio Teixeira.
Agora vou me apresentar, sou Eunice Onofre e tenho quarenta e sete anos, sou divorciada e tenho duas filhas chamadas Joelma e Beatriz.
Trabalho como funcionária estadual desde 1988 e minha jornada de trabalho ainda não está para acabar.
Essa é a história de vida de Eunice Onofre e foi contada por ela às alunas Juli Endres Dias Ronconi e Laurinês Dias Brustolon.

( Juli Endres Dias Ronconi e Laurinês Dias Brustolon)

Profa.:ROBERTA

A VINDA PARA ARIQUEMES - Matos Além Amorim Alves e Sara Lima Rodrigues

A VINDA PARA ARIQUEMES


Eu tinha 34 anos quando a família do meu marido decidiu mudar de Porto Alegre no Rio Grande do Sul para Ariquemes – Rondônia. Então, eu e meu marido decidimos vir também.
Na viagem passamos muitas dificuldades, pois a nossa viagem durou cerca de quinze dias, pois o ônibus atolava frequentemente e estava lotado de pessoas que como nós buscávamos um novo lugar para viver. Por causa da demora, a comida estragou e ao final da viagem fomos obrigados a comer a comida estrada porque não tínhamos onde comprar comida nova.
Quando chegamos a Ariquemes foi mais complicado ainda, pois não tínhamos onde morar e muito menos móveis, porque deixamos tudo no Rio Grande do Sul. Além disso, eu estava grávida e os recursos eram escassos e meu bebê morreu. Eu ainda o carreguei morto em minha barriga por 20 dias. Então as coisas melhoraram, eu consegui emprego no colégio Anísio Teixeira como auxiliar de apoio. Depois de algum tempo fui promovida à secretária e depois chefe de disciplina.
Naquela época não era possível ter aulas no período da noite, pois não tinha energia elétrica a não ser que você tivesse condições financeiras de comprar seu próprio motor a óleo diesel e a escola não dispunha desse equipamento.
Hoje, olhando nossa cidade com tantas ruas, quase todas asfaltadas, e os vários bairros me lembro de antigamente, quando eram poucas ruas e todas sem asfalto, com muita poeira ou muito barro e apenas três setores.
Como chefe de disciplina, tive vários problemas com alunos rebeldes, mas me sinto recompensada pelo meu trabalho, porque através dele pude pagar os estudos das minhas filhas e hoje eu Tereza Ribeiro da Silva posso dizer que fui recompensada por vir para Ariquemes.

(Matos Além Amorim Alves e Sara Lima Rodrigues)


Profa.ROBERTA

RECORDAÇÕES - Pablo Henrique de Melo Gomes e João Paulo dos Santos Ferreira

RECORDAÇÕES

Eu, professora Irma, trabalho na sala de recursos ensinando os alunos que tem dificuldades de aprendizagem. Comecei a trabalhar nessa sala em 2005 e até hoje continuo desempenhando essa mesma tarefa. Também faço a interpretação para a língua de sinais, acompanhando os alunos surdos que estudam à noite ou pessoas que precisam desse tipo de trabalho.
Sou pedagoga e Pós-Graduada em Metodologia do Ensino Superior e faço pós-graduação em Libras – Língua Brasileira de Sinais.
Trabalho na Escola Anísio Teixeira desde 1985 e gosto muito do que faço, tenho orgulho da minha profissão.
Cheguei a Ariquemes quando era ainda uma criança, aos doze anos de idade. A cidade estava sendo construída, e só tinha os setores 01 e 02. O setor 02 era cheio de árvores derrubadas para que as pessoas pudessem construir suas casas, mais tarde foi surgindo os outros setores até chegar como a cidade está hoje.
Assim também como a cidade cresceu a escola também cresceu. Ela foi fundada em 1979 e tinha apenas nove salas de aula. Hoje, ela já tem quinze salas de aulas e atende a muitos alunos nos três períodos, matutino, vespertino e noturno.
(Pablo Henrique de Melo Gomes e João Paulo dos Santos Ferreira)

A VINDA PARA ARIQUEMES - Igor Fiori Olivetti e Rafael Pertussati Teixeira

A VINDA PARA ARIQUEMES


Nasci em Campo Mourão no Paraná no ano de 1942. Quando criança, mudei para Ubiratã, morava na cidade por isso o acesso à escola era constante.
Estudei em escola de freiras e foi lá que aprendi a ler e escrever. Ajudava a minha mãe no serviço de casa e com quinze anos de idade comecei a trabalhar fora para ajudar a minha mãe nas despesas de casa.
Com dezesseis anos perdi o meu pai e daí para frente a minha vida foi ficando difícil porque só tinha a minha mãe e ela andava doente. Passado alguns anos, já estava com vinte anos, me casei no dia catorze de junho de 1962.
Vim para Rondônia em 1977, tinha dois filhos. A nossa chegada aqui foi muito difícil, pois tínhamos vindo de carroça. Para consegui um terreno também foi muito difícil, como tudo era naquela época. Tudo era coberto por mato e tivemos que desmatar e construir a nossa primeira casa, sempre com muita dificuldade. Essa casa foi construída no setor 1 e moramos muitos anos até comprar um terreno no setor 2.
Nessa época já tinham fundado alguns setores e meu marido trabalhava na roça e meus dois filhos estudavam na Escola Ricardo Cantanhede. Passado alguns anos meu primeiro filho veio estudar na Escola Anísio Teixeira e o meu marido passou a trabalhar de guarda nessa mesma escola.
Meu filho tinha um sonho, concluir uma faculdade, e ele conseguiu realizar esse sonho, se formou em Ciências Contábeis. Minha filha começou a trabalhar de doméstica e eu comecei a trabalhar no Hospital Regional.
Esta história foi vivida por Maria Lourdes Lima Olivetti.


(Igor Fiori Olivetti e Rafael Pertussati Teixeira)
Profa.ROBERTA

O PERÍODO DE MEUS ESTUDOS - Gleiciane da Silva Anchieta e Juliana Gomes de Moraes

O PERÍODO DE MEUS ESTUDOS

Fui aluna da Escola Anísio Teixeira, estudava à noite, na época os alunos eram muito participativos na escola e ajudavam na resolução dos problemas.
Os alunos participavam de diversas gincanas e eventos, traziam bons resultados para a escola e também traziam um bom desenvolvimento e resultados positivos para nós alunos.
Havia também naquele tempo na escola o Grêmio Estudantil, onde os alunos reivindicavam o que era de direito para nós e também contribuíam para o crescimento da escola. Nesse período se percebia um empenho maior por parte dos alunos, ou seja, os alunos tinham um interesse de crescer e avançar.
Muitos frutos desse “querer” podemos ver hoje na sociedade, onde encontramos profissionais em diversas áreas como na política, na saúde, na educação, no comércio, frutos da educação desse período de 1980 e 1983.
Em 1985 comecei a trabalhar na Escola Anísio Teixeira como agente administrativa, desenvolvendo atividades na secretária ao mesmo tempo em que estudava o magistério na Escola Heitor Villa Lobo. Concluindo o magistério prestei novo concurso público para o cargo de professora, então deixei de ser agente administrativa e passei a desenvolver atividades na sala de aula, ou seja, passei a ser professora, a ensinar, a orientar e também a aprender junto com os alunos. Nesse meu trabalho, me deparei com várias situações, alunos estudiosos, alunos com dificuldades de aprendizagem, alunos educados, alunos com falta de limites, comecei a sentir que ser professora é ser também educadora, onde é preciso ter imensa sabedoria para lidar com respeito em todas as situações citadas.
Essa mudança de aluna da escola para professora me trouxe um sentimento de orgulho, porque antes era aluna e passei a ser profissional onde comecei a contribuir para a formação e o crescimento dos alunos que passaram e passam por esta escola.
Hoje também sou graduada em Pedagogia, tenho Pós-Graduação em Metodologia do Ensino Superior e atualmente faço Pós-Graduação em Língua Brasileira de Sinais. Também trabalho na sala de recursos da escola atendendo em horário contrário ao que os alunos que tem necessidades especiais estudam, faço também a interpretação em Libras, Língua Brasileira de Sinais, para duas alunas surdas que estudam no período noturno.
Essa história foi contada por Irma Margarida Kuhn, e escrita pelas alunas Juliana Gomes de Moraes e Gleiciane da Silva Anchieta.

(Gleiciane da Silva Anchieta e Juliana Gomes de Moraes)
Profa.ROBERTA

A VINDA PARA ARIQUEMES - Charles Soares Pinto

A VINDA PARA ARIQUEMES

Em 1978 o meu pai decidiu vender um mercado na cidade de Assis Chateaubriand, no Paraná, para vir a Ariquemes conseguir terras. Porque ele só tinha o mercado e desejava muito proporcionar a nós seus filhos, um futuro melhor.
Meu pai pegou um fusca que ele tinha e viemos para Ariquemes. Nós éramos sete pessoas viajando naquele fusca, cinco filhos, meu pai e minha mãe. No meio do caminho o fusca pifou, e tivemos que deixá-lo para trás e continuamos a viagem a pé. Meu pai nunca voltou para pegar o fusca.
Chegando em Ariquemes ele conseguiu um lote no Incra e ganhou uma casa no setor 2. No quintal da casa tinha árvores com mais de dois metros de largura, era só mato para todos os lados. Quando chegamos no lote para começar nossa nova vida, descobrimos que tinha sido invadido por vários capixabas armados com espingardas de dois canos. Então, o meu pai reclamou no Incra e ganhou outro lote.
Isso aconteceu com a minha mãe há 32 anos hoje ela está com 34 anos. Eu, Charles Soares Pinto escrevi essa história que faz parte da vida da minha família.

(Charles Soares Pinto)
Prof.:ROBERTA

A NOVA CIDADE - Leandro de Matos Brusch

A NOVA CIDADE



Nasci no estado do Paraná e fui criada em uma fazenda, comecei ir para a escola com doze anos, pois a única escola que tinha naquela localidade era muito longe da minha casa, e eu não tinha como ir porque meu pai trabalhava o dia todo e não podia me levar nem a meus irmãos, mas depois pudemos ir sozinhos para a escola.
Meu pai havia investido todo o nosso dinheiro em algumas cabeças de gado e em uma enorme plantação de feijão, mas houve uma grande tempestade com chuva de granizo e destruiu toda a plantação de feijão e matou todo o gado. Nós tivemos que ficar embaixo de uma mesa bem resistente para não sermos atingidos pelas pedras de gelo, e nesse dia perdemos tudo o que meu pai e minha mãe haviam construído, ficamos sem nada e tivemos que tentar fazer alguma coisa.
Então meu pai ficou sabendo que tinha uma nova cidade que estava começando a se desenvolver e que estavam sorteando terrenos, decidimos nos mudar para essa nova cidade em busca de um recomeço.
Foram muitos dias de viagem porque a estrada era muito ruim e o ônibus quebrava constantemente. Quando chegamos à nova cidade, Ariquemes, eu estava com dezoito anos, e no começo estava odiando a cidade, era muito quente e com muita poeira, era horrível, mas fui me acostumando, ganhei um terreno e comecei a cuidar da minha vida como meus irmãos.
Eu já estava morando sozinha quando conheci um lindo rapaz, em um churrasco na casa de minha vizinha, namoramos por sete meses e nos casamos. Decidimos criar nossa própria empresa, uma loja de móveis usados. Estava tudo muito bom e eu até engravidei de minha primeira filha que se chama Carina, era o bebezinho mais lindo do mundo. Depois de três anos e dois meses tive meu segundo filho, Maicon David e foi uma alegria só, estava muito feliz e a cidade a cada dia mais bonita e gostosa de viver.
Um ano depois de ter ganhado meus dois filhos fechei meu móveis usados e meu marido e eu decidimos fazer uma coisa nova na cidade, e então com o dinheiro da venda da loja compramos três mini bugs e em nosso terreno criamos uma pista e cobrávamos 1 real a cada volta de mini bug, era uma febre, todos os jovens queriam andar na pista.
Dois anos e seis meses depois do nascimento do meu segundo filho nasceu o terceiro, esse era o mais lindo de todos, branquinho, chamado Leandro. E a cidade que no começo eu odiava hoje amo e não troco Ariquemes por nenhuma outra.

Essa história foi vivida por Rosimeire de Matos e contada por Leandro de Matos Bruch, seu filho e não termina aqui, pois todos os personagens ainda vivem e continuam escrevendo suas histórias.

(Leandro de Matos Brusch)
Prof.:ROBERTA

A CHEGADA EM RONDÔNIA - Luis Eduardo Santos Rocha e Gabriel Encizo de Moura

A CHEGADA EM RONDÔNIA


Saí do Paraná em 1971, com seis anos de idade, trazida pelos meus pais João e Nadir em um caminhão pau-de-arara. Numa viagem que durou aproximadamente uns vinte dias.
Moramos em casa de pau a pique, coberta com palha de babaçu. Nós nos alimentávamos com carne de caça e frutas naturais entre elas castanhas e coco babaçu.
Naquele tempo pegávamos muitas malárias e o que nos assustava não era a falta de alimentos, mas sim a malária que matava muita gente e para tratar essa doença tínhamos que caminhas em dia inteiro para chegar a um povoado chamado Jaru. Quando chegávamos lá, as pessoas eram medicadas, mas algumas não conseguiam chegar até o posto médico, morrendo ainda no caminho. A malária naquela época era uma doença desconhecida e não havia muitos recursos para tratá-la. Graças a Deus ninguém da minha família morreu por causa da malária.
Esta história foi vivida pela minha mãe Iraní dos Santos e escrita por mim Luis Eduardo Santos Rocha, seu filho.


(Luis Eduardo Santos Rocha e Gabriel Encizo de Moura)
PROFa.ROBERTA

A CHEGADA A ARIQUEMES - Andreo Gaspar Bosco e Maikon Manhani Paulino

A CHEGADA A ARIQUEMES


No ano de 1986 vim do Paraná para Ariquemes em busca de emprego, mas ao chegar me deparei com uma cidade sendo iniciada, erguida. Havia apenas cinco setores na cidade, tinha muita poeira, pois só havia asfalto nas ruas principais.
Uns dois meses depois que cheguei consegui emprego, ajudava a asfaltar as ruas dos setores que estavam faltando. Logo depois consegui um emprego melhor, agente de passaportes na rodoviária, mas infelizmente meu emprego só durou um mês.
Quando o garimpo foi aberto eu decidir ir para lá a procura de emprego para melhorar a minha vida. No tempo em que estive trabalhando no garimpo presenciei um fato que nunca pude esquecer, um grupo de taxistas se reuniram e lincharam dois bandidos. Amarraram atrás dos carros e arrastaram os dois por toda a cidade até perceberem que os bandidos tinham morrido.
Esse fato aconteceu com o meu pai no ano de 1987.


(Andreo Gaspar Bosco e Maikon Manhani Paulino)

Prof.Roberta

COBRANÇA TODO DIA! - ÉRICA MARIA LOPES

COBRANÇA TODO DIA!

Cobrança é uma coisa muito chata porque os cobradores de impostos, de água, de energia, de aluguel e de contas sempre cobram tudo, eles não perdoam uma só vez.
Assim que está chegando o dia de cobrar, eles já trazem outro papel.
Aposto que é o aviso que não pagou a energia e eles vão cortar. Eles só dão mais alguns dias para a pessoa ir lá e pagar a conta que esta devendo para eles. Enquanto essa pessoa não pagar, eles não a deixam em paz.
Quando é cobrança de loja é ainda pior porque quando a pessoa não tem dinheiro, eles esperam alguns dias para a pessoa arrumá-lo.
Quando a pessoa está demorando a pagar, eles vão à casa da pessoa para cobrar e chegam lá falam:
- Aumentou mais um pouco! E a pessoa pergunta:
- Por que aumentou?
- É o juro da conta que o senhor demorou a pagar, é por isso que aumentou e agora o senhor tem que pagar.

AUTORA: ÉRICA MARIA LOPES

A COBRANÇA - MAICON DOUGLAS MIRANDA PETIK

A COBRANÇA

Era uma tarde comum, todos estavam sentados do lado de fora do bar.
Mas ele chegou!
Aqueles que estavam sentados levantaram, com os olhos na boca de tanto medo, pois também, ele estava armado com um belo calibre 12, com repetição. Os vizinhos todos vieram ver o fato. Ele armado disse:
- Vejam todos! A última pessoa que me deve. Sempre fala que vai pagar no outro mês e tal e tal.
O devedor disse:
- Eu não acredito que você esta fazendo isso! Está me deixando constrangido na frente de todo mundo.
E o cobrador respondeu:
- Não quero saber. Você é um cara de pau! Pensa o quê? Que tenho cara de caixa eletrônico.
O devedor disse:
- Você não podia me cobrar de forma mais discreta? Lá em casa, por exemplo?
Ele com um tom bravo respondeu:
- Você para de amolar, pois PE dias que estou numa boa, pedindo para você me pagar, mas você sempre com uma desculpa.
O devedor:
- Mas pai, você ta fazendo este escândalo só por causa de R$ 150,00. Para com isso, velho!
Ele bravo retrucou:
- Velhos são os cabelos da sua mãe, seu pivete. Você me deve, é pouco, mas se eu cobrar os juros, hum! Estou rico.
E os minutos foram passando até que uma solução apareceu.
O filho devedor fez um pequeno empréstimo com um amigo, de R$500,00 e pagou seu pai.
É, mas ele ainda é um devedor.


AUTOR: MAICON DOUGLAS MIRANDA PETIK

À TOA - KAROLYNE HELLEN BRAGA NUNES

À TOA

Em um quarto azul, com prateleiras lotadas de brinquedos, cortina de carrinhos e lençol de monstrinhos, havia um menino debaixo da cama aos soluços. A mãe entra no quarto e grita:
- Fabio, venha almoçar!
- Não, não e não. Replicou ele.
Alguns minutos se passam e a cena se repete por varias vezes, até que a mãe já estressada diz:
- Menino, eu já falei mil vezes pra você vir almoçar, afinal, o que você quer?
- Você não falou que ia comprar o tênis que pisca pra mim? Então... Eu só volto a comer depois que eu ganhar ele.
A mãe briga com o menino e de nada adianta e já está perto da hora do jantar. Ela fica de saco cheio diante da situação e resolve comprar o tênis.
Voltando da loja, a mãe se depara com o filho, na mesa da cozinha, comendo a comida que ela tinha preparado. O menino, ao ver a mãe, reagiu:
- Ah! Não agüentei esperar você não, viu. Aliás a comida estava uma delícia. Disse ele sorridente e batendo a mão na barriga.

AUTOR: KAROLYNE HELLEN BRAGA NUNES

UM ENGANO - CLEITOMAR NUNES FERRAZ DA LUZ

UM ENGANO

Numa vez um homem já chateado, foi pessoalmente cobrar um senhor que havia comprado um de seus automóveis.
Chegou derrubando tudo e dizendo:
- Se você tiver dinheiro me paga se não levo TV, radio ou o que você tiver. Assim saldará sua divida comigo. Aquele carro era caro, mas você decidiu comprar, então você pague.
O rapaz disse então ao moço:
- Mas eu não tenho nenhuma bicicleta. O senhor deve ter entrado na casa errada.
O cobrador ficou envergonhado e saiu na maciota. Então foi na casa do verdadeiro devedor, colocou uma placa dizendo “Aqui mora um devedor”. O homem perguntou:
- Que placa é esta?
- Você não pagou a última prestação, eu estou cobrando.
O homem pegou a nota, levou ao senhor cobrador mostrando que havia pagado.
O senhor pediu desculpas e teve que pagar indenização de direitos por danos morais.

AUTOR: CLEITOMAR NUNES FERRAZ DA LUZ

COBRANÇA - JANDERSON DE O. COITINHO

COBRANÇA

Ele abriu a porta, mal acordou, viu um cobrador que andava de um lado para o outro. Em um lugar distante da cidade em uma fazenda, atraindo a atenção dos peões.
- Você comprou e não pagou, esta é a questão.
- Não posso pagar agora. Você chegou na hora errada, porque eu não posso pagar, eu não tenho dinheiro.
- Seus negócios ficaram prejudicados com seus problemas que não deu certo. Eu ganho para cobrar e se eu não cobrar eu não ganho nada.
Continuou andando de um lado para o outro, diante de sua porta. Falava que não saia de jeito nenhum até que ele saldasse a sua dívida.

AUTOR: JANDERSON DE O. COITINHO

ENGANO DA COBRANÇA - CRISLAINE MOREIRA VILHENA

ENGANO DA COBRANÇA

Tocaram a campainha da casa. Abriu o portão, lá estava um homem, com um papel e uma caneta, e com notas promissórias. Olho para o lado, havia policiais, advogados e um bendito cobrador. A mulher assustada perguntou:
- O que os traz aqui?
- Uma cobrança que já faz um mês que você não paga. Vim lhe cobrar.
- Mas moço eu já paguei todas as minhas dividas.
- Será minha senhora? Se tivesse pagado, não precisaria trazer policiais, e nem advogados aqui.
A mulher já estava muito envergonhada, já não sabia o que fazer com todo aquele escândalo em frente a sua casa.
- Moço, por favor, verifique se o número está certo.
- Não minha senhora, está certo. Seu número não é 2009? Então está certo.
A senhora, já muito brava, respondeu-lhe:
- Seu incompetente, meu número é 2010.
O moço não sabia onde enfiar a cara, pediu perdão à mulher e foi para a casa certa, fazer tudo de novo.

AUTORA: CRISLAINE MOREIRA VILHENA

POR CAUSA DE UMA GATINHA - JULIANA DE MATOS REZENDE

POR CAUSA DE UMA GATINHA


Manoel foi a casa de sua irmã Rose de ficou brincando com a gatinha de Rose.
Quando de repente a gata deu uma mordida na mão de Manoel e fez um ferimento horrível.
Manoel teve de ir pro hospital onde ficou internado por algumas horas.
Com muita raiva da gata, Manoel foi a justiça e pediu 2 mil reais.
Rose se recusou a pagar, então Manoel contratou cobradores e pois em sua porta e a humilhou varias vezes na frente de todos porem Rose continuou firme e não deu o braço a torcer.
Manoel foi à policia reclamou de Rose, fez de tudo até que Rose resolveu pagar Manoel para que ele a deixasse em paz.
Ela foi à justiça, foi a policia e falou o que Manoel havia feito. Então os dois resolveram fazer um acordo: Rose iria pagar, mas somente mil reais porque Manoel a envergonhou na frente dos outros.
Rose pagou e sua gatinha ficou conhecida como tigresa por ser muito brava.

AUTOR: JULIANA DE MATOS REZENDE

INGRATIDÃO - CHAIANE SILVA MENEZES

INGRATIDÃO

Em uma tarde de sábado a mulher estava dormindo em sua casa e ouviu gritos no quintal:
- Pague o que me deve sua caloteira!
Ela vai até a varanda:
- Quem pensa que você é para falar assim comigo? Ela respondeu:
- Você me deve e não me paga. É uma caloteira sim. Respondeu ele.
- Você sabe que eu não tenho dinheiro. Quando eu tiver lhe pago.
- Não, eu quero que você me pague agora. Respondeu ele.
- Olha aqui, se eu fosse te cobrar por tudo que fiz e faço você esta me devendo desde quando você nasceu. Respondeu ela.
- Mãe, você sabe que eu não tenho dinheiro para pagar essa geladeira que você comprou.
Começou a anoitecer.
- Entre para casa você vai se resfriar.
- Não tenho que ficar aqui até você me pagar.
A noite chegou e começou a esfriar e ele ficou lá fora esperando a mãe pagar sua divida.

AUTOR: CHAIANE SILVA MENEZES

VIDA CRUEL - JULIA S. DA SILVA

VIDA CRUEL

Em um certo dia ensolarado, uma mulher foi ao mercado.
Chegando lá, ela pegou tudo o que precisava,pagou e foi para sua casa.
Quando ela chegou em casa, percebeu que tinha esquecido algo e foi buscar, mas chegando no mercado, percebeu que o lugar estava sendo assaltado, com medo,ligou para a policia.
No outro dia, saiu no jornal a noticia do assalto do mercado e a senhora apareceu falando que foi ela que ligou para a polícia.
Depois a mulher se lembrou que tinha a divida de R$ 500,00 no mercado e não tinha o dinheiro para pagar e foi explicar ao dono do mercado que não tinha como pagar naquele mês, mas o dono do mercado não entendeu e disse que não venderia mais nada a ela. Só que uma coisa ele não sabia sua filha era diabética e ela tinha muitos gastos.
Na noite seguinte, o dono do mercado saiu e viu a mulher se prostituindo e foi perguntar a ela porque ela fazia aquilo e ela disse que era para dar comida a sua filha e que pela vida da filha dela, ela faria qualquer coisa.
O homem percebeu que, no final das contas, ele tinha sido cruel demais com aquela mulher, e depois de tudo isso ele a deixou pegar o que queria no mercado.

AUTORA: JULIA S. DA SILVA

A COBRANÇA INDISCRETA - JAMILA FROTA FONSECA

A COBRANÇA INDISCRETA

A moça abriu a porta e ali estava ela,sentada em um banquinho de madeira com um microfone gritando:
- Aqui mora uma devedora que nunca paga as contas que deve?
A moça ficou horrorizada e disse:
- Pare com isso, ou nunca mais falarei com você!
- Só vou parar quando você pagar todo o dinheiro que me deve!
- Já disse a você que não posso lhe pagar agora porque ainda não recebi.
A cobradora começou a gritar e difamar a devedora:
- Se você não tinha como pagar, porque pediu que eu lavasse suas roupas durante um ano e meio, e agora fica me enrolando?
- Vilma, pare com isso pago você quando tiver dinheiro!
Então a devedora se cansou de tentar convencer a amiga a sair de sua porta, que entrou na casa e foi assistir TV, enquanto sua amiga gritava do lado de fora.

AUTORA: JAMILA FROTA FONSECA

TUDO PODE ACONTECER - JÉSSICA NELLY ARNOLD

TUDO PODE ACONTECER
Um dia qualquer, na minha casa fazendo serviço como eu faço todos os dias. A minha casa não é muito grande eu moro sozinho e tenho um pequeno cachorro chamado Bidu, faço faculdade de administração, minha vida não é muito fácil mas dá para viver.
Um dia, numa quarta, eu fui à loja comprar um som que estava na promoção. O som custava quatrocentos reais, dividi em quatro vezes, ficavam cem reais por mês.
Pagava tudo certinho.
Na ultima parcela, eu me esqueci de pagar. Passaram duas semanas, o cobrador começou a gritar na minha porta:
- Vamos, sai daí e venha pagar o que deve!
O cobrador continuou: - Se você não tem dinheiro, porque comprou o aparelho então?
Saí assustado da minha casa e comecei a falar:
- É a primeira vez eu você vem aqui e você acha que tem o direito de fazer isso?
Continuei: -Prepare-se para ficar desempregado. Ele respondeu:
- Não, eu estou fazendo o meu trabalho.
- Você não está cumprindo a lei.
- Que lei?
- Dos nossos direitos, ora!
Nesta hora eu estava com muita raiva, prestes para estrangulá-lo. Ele com riso sarcástico continuou:
- Há! Há! Há! Você está na pegadinha do mês.
Na hora apareceu um monte de gente para fora, rindo com câmeras. Eu não sabia onde colocar minha cara.

JÉSSICA NELLY ARNOLD

COBRANÇA - RAFAEL MORENO RAMAZOTTI

COBRANÇA
Em um dia comum, na casa de Drio, ele acordou, escovou os dentes, comprou o pão da manhã, fez o serviço de casa, almoçou e foi para a escola.
Lá, ele ganho a tarefa e tinha que fazer uma crônica. Só que ele não tinha idéias para fazer. Passavam os minutos, e Drio continuava sem idéias do que escrever.
Drio pensou “Porque ele não tinha inspiração para escrever?”. Enquanto isso, os outros alunos da classe já estavam terminando as suas crônicas.
Faltavam apenas 15 minutos para acabar a aula, e ele começou a escrever. Parece que as palavras iam surgindo, aparecendo do nada. O tempo corre, e Drio luta contra o tempo, para terminar antes de tocar o sino.
O tempo parecia um Titã, tentando impedir que Drio conseguisse terminar a sua crônica a tempo, mas Drio ultrapassou obstáculos e terminou a crônica e entregando para a professora.
Ele sente-se bem, por terminar a tempo. Bate o sino e começa uma outra aula.

AUTOR: RAFAEL MORENO RAMAZOTTI

MINHA RUA -DANDARA FONTENELE SENA

MINHA RUA

Na rua da minha casa
Tem gente de todo tipo
Tem gente de toda cor
Mas é tudo muito limpo

Não gostamos de mentira
Nem de palavrões
Todos escutam músicas
Que toca os corações

Minha rua é colorida
Ninguém tem preconceito
Gostamos de bagunça
Lá todo mundo é direito

Na minha rua
Jogamos handebol
Também voleibol
Principalmente futebol

Na minha rua
Brincamos todos juntos
Gostamos de esconde esconde
Depois ficamos imundos.


Aluna: DANDARA FONTENELE SENA
Série: 6º ano A

MINHA RONDÔNIA - TIAGO ALVES DE SOUZA

MINHA RONDÔNIA

Rondônia minha terra
Daqui não saio mais
É um lugar maravilhoso
Que tanto me satisfaz

Aqui tem paisagens
Que não tem igual
Para você quero mostrar
A minha terra natal

Rondônia terra hospitaleira
Muitas coisas boas
Que passam por essa
Terra pantaneira

No lugar onde vivo
Tem muita gente bonita
Lá quero morar
Por toda minha vida


TIAGO ALVES DE SOUZA
6º ANO A

MINHA CASA -WESLLEY RIBEIRO DOS SANTOS

MINHA CASA

Minha casa é azul
Azul como o céu
E ela e tão bonita
Como uma folha de papel

Minha casa é bonita
É uma beleza
Ela é verde
Como a natureza

Minha casa é grande
Como campo de futebol
Gosto de jogar muitas coisas
E ate voleibol

Minha casa
É muito legal
Meu passarinho na gaiola
E minha cachorra
No fundo do quintal


Aluno: WESLLEY RIBEIRO DOS SANTOS
6º ANO A